quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Noite alta, céu sombrio
Eu, tonívago, passava por vielas
A procurar nos cadinhos, o resíduo insone de meu ser.

E no meu vae victis!
Despojava a mercê de um verdugo
A verve de minha existência.

E ficto vate,
Vociferava ao firmamento,
Evanescentes verbos

Que pareciam vaticínios a um passado de veleidades.
Certo de estar morto,
Deixei-me vagar por vergeis plenos de doces frutos.
Mas, não era, pois a morte quem me abraçava,
Apenas era o torpor inebriante do frio da madrugada.

                                                         Angello Max

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